Você já percebeu que um adulto mais velho em sua vida está dormindo mais do que o normal, parece zangado e irritado, ou está tendo pensamentos suicidas?
Você sabia que podem ser sinais de um problema de saúde mental?
De acordo com estudos, um em cada quatro idosos vive com um transtorno mental, como depressão ou ansiedade.
O triste fato é que dois terços dos idosos com transtornos mentais não recebem tratamento para suas condições.
Os transtornos mentais não tratados podem levar a problemas de saúde geral, maiores custos de saúde, incapacidade ou deficiência, comprometimento da qualidade de vida, aumento do estresse do cuidador, maior risco de suicídio e morte.
Por esses motivos, é importante reconhecer os sinais de alerta e os fatores de risco associados à depressão e à ansiedade – e saber como obter tratamento para o seu ente querido que está envelhecendo.
Depressão em Idosos
O transtorno mental mais prevalente entre os idosos é a depressão. A depressão em idosos pode levar a problemas de saúde, como diabetes, doenças cardíacas e derrame, e a condição pode dificultar a procura de tratamento pelo paciente.
Sinais de alerta e fatores de risco de depressão em idosos
Como cuidador, é importante conhecer os sinais e fatores de risco da depressão para garantir que o idoso em sua vida receba tratamento o mais rápido possível.
Como acontece com a maioria dos transtornos mentais, a depressão tem vários sintomas.
Alguns idosos podem ter apenas alguns sintomas, enquanto outros podem mostrar vários sinais de alerta.
A depressão em idosos apresenta sinais como:
- Falta de humor persistente, triste, ansioso ou “vazio”.
- Sentimentos de desesperança ou pessimismo.
- Irritabilidade
- Sentimentos de culpa, inutilidade ou desamparo.
- Perda de interesse ou prazer em passatempos e atividades.
- Diminuição de energia ou fadiga.
- Movimentar-se ou falar mais devagar.
- Sentir-se inquieto ou tendo problemas para ficar parado.
- Dificuldade em se concentrar, lembrar ou tomar decisões.
- Dificuldade para dormir, acordar cedo pela manhã ou dormir demais.
- Mudanças no apetite.
- Mudanças no peso.
- Pensamentos de morte ou suicídio.
- Tentativas de suicídio.
- Dores generalizadas, dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos – sem uma causa física distinta.
Você acha que um idoso está sofrendo de depressão?
Se eles experimentaram algum desses sintomas na maioria dos dias durante um período de duas semanas, seu médico deve fazer um rastreio para depressão.
Além dos sinais de alerta, existem alguns fatores de risco associados à depressão em idosos. Esses incluem:
- Uma história pessoal ou familiar de depressão.
- Mudanças importantes na vida, estresse ou trauma.
- Certas doenças físicas e medicamentos.
Ansiedade em idosos
A ansiedade é outra condição de saúde mental prevalente em idosos e costuma estar associada à depressão.
Na verdade, quase metade dos idosos que são diagnosticados com depressão também experimentam a ansiedade
.
Sinais de alerta e fatores de risco de ansiedade em idosos
O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é o tipo mais comum de ansiedade. Idosos com TAG costumam ficar ansiosos e preocupados na maioria dos dias, por pelo menos seis meses.
De saúde pessoal e rotinas diárias ao trabalho e socialização, a ansiedade pode afetar quase todos os aspectos da vida de um idoso.
Assim como a depressão, existem vários sinais de alerta quando se trata de ansiedade. Os cuidadores devem estar cientes dos seguintes fatores em idosos:
- Sentir-se inquieto, excessivamente animado ou no limite.
- Ficar facilmente fatigado.
- Ter dificuldade de concentração.
- Apresentar ¨brancos¨ de memória.
- Irritabilidade.
- Sentir tensão muscular.
- Dificuldade em controlar sentimentos de preocupação.
- Ter problemas de sono (dificuldade em adormecer ou permanecer adormecido, inquietação ou sono insatisfatório).
Além desses sinais e sintomas, problemas crônicos de saúde, como problemas de tireoide ou arritmias cardíacas, podem causar ou aumentar os sintomas de ansiedade.
Beber bebidas com cafeína, abuso de substâncias e certos medicamentos também pode causar ansiedade.
Fatores genéticos e ambientais podem aumentar o risco de desenvolver ansiedade. Alguns dos fatores de risco comuns associados aos transtornos de ansiedade são:
- Timidez durante a infância.
- Exposição a eventos de vida ou ambientais estressantes ou negativos.
- Uma história familiar de ansiedade ou outras doenças mentais.
Tratamento da depressão e ansiedade em idosos
Os tratamentos típicos para depressão e ansiedade em idosos incluem medicamentos e psicoterapia – ou uma combinação de ambos.
Os cuidadores precisam estar cientes dos sinais e sintomas de cada condição, já que os tratamentos geralmente são mais eficazes quando começam durante o estágio inicial de cada condição.
Quer você seja um cuidador em uma instituição de cuidados de longa duração, uma instituição de moradia assistida ou um prestador de cuidados de saúde domiciliar, várias atividades podem ajudar a promover a saúde mental e o bem-estar dos idosos. Se recomenda melhorar sua rotina de cuidados com os seguintes tipos de atividades:
- Atividades saudáveis: caminhada, aulas de ginástica, jogos interativos, jardinagem, aulas de relaxamento, ioga, ou tai chi.
- Atividades intelectuais: Ler livros, discutir eventos atuais, palavras cruzadas, jogos de cartas, xadrez ou jogos de estratégia.
- Atividades Artísticas: Artes e ofícios, escrita criativa, música, teatro e dança.
- Atividades de desenvolvimento de habilidades: Aulas para aprender sobre computadores, culinária, costura, carpintaria, jardinagem, finanças.
- Atividades espirituais: comparecer a serviços religiosos ou grupos de oração, celebrar feriados religiosos ou aulas de meditação.
- Atividades de voluntariado e tutoria: atividades intergeracionais com crianças, adolescentes e jovens.
- Atividades de enfrentamento: Aulas sobre perda e luto, cuidados com o cônjuge, resolução de problemas ou socialização.
Se você é um adulto idoso que vive com depressão, ansiedade ou outro transtorno de saúde mental, há uma série de coisas que você pode fazer enquanto está sendo tratado para ajudar a melhorar sua qualidade de vida:
- Seja ativo e faça exercícios regularmente.
- Defina metas realistas.
- Passe algum tempo com amigos ou família.
- Não se isole – peça ajuda.
- Saiba que seu humor vai melhorar com o tempo – não imediatamente.
- Adiar mudanças importantes na vida (casamento ou divórcio, mudanças de empregos etc.).
- Discuta as principais decisões com um parente de confiança, amigo ou cuidador.
- Eduque-se sobre sua condição.